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Breves: Apple, Bank of America, Engie, Exmar, Pfizer e Peugeot-FCA
Há 2 anos - 22 de setembro de 2020Apple
A Apple apresentou um novo plano de subscrição dos seus serviços (música, jogos, desporto, etc.), novos relógios (Apple Watch) e um novo iPad destinado a apoiar o crescimento das suas atividades. O novo iPhone 12 será apresentado posteriormente. Os serviços são a segunda atividade do grupo, depois do smartphone e continuam a ser centrais na sua estratégia de desenvolvimento. A cotação reagiu pouco a estes anúncios e tem vindo a cair desde o máximo atingido no início de setembro. Mantenha.
Bank of America
A crise económica continua a afetar o Bank of America, que reduziu a sua estimativa de receita para o trimestre atual. Tal deve-se à diminuição das receitas de juros e à redução do crédito concedido a clientes. De acordo com a administração do banco, este terceiro trimestre sinaliza o ponto mais baixo da sua atividade ao mesmo tempo que não prevê uma recuperação nos meses mais próximos. Para já, está em linha com o cenário das nossas previsões. Mantenha.
Engie
A Engie solicitou à Veolia que aumente o preço da sua oferta sobre 29,9% de um total de 32% da sua participação na Suez. Atualmente, a Veolia oferece 15,5 euros por cada ação da Suez. A oferta é válida até 30 de setembro. A venda seria do interesse da Engie, que procura simplificar a sua estrutura e investir mais em renováveis. Compre.
Exmar
Embora o primeiro trimestre tivesse finalmente marcado o regresso aos lucros, a "festa" foi de curta duração. No segundo trimestre, a Exmar foi obrigada a fazer uma provisão (0,26 euros por ação) para as receitas não recebidas, fruto das dificuldades financeiras do seu cliente argentino YPF. Por causa da covid, este último invocou o caso de força maior no final de junho para deixar de pagar a renda da plataforma de liquefação de gás Tango FLNG. Por isso, o lucro da Exmar nos primeiros seis meses deste ano está limitado a 0,07 euros/ação e, a menos que se chegue a um acordo rápido, a segunda metade do ano deverá resultar em perdas.
Normalmente, a plataforma Tango FLNG deveria ter gerado mais de um terço do lucro operacional do grupo! Agora, a cotação atinge apenas cerca de um terço do valor contabilístico, um nível que poderá ser paritário se a Exmar pro-var que pode ser rentável. A queda da cotação desde o final de junho reflete 2,5 anos de não-emprego da plataforma FLNG Tango.
No entanto, a situação é delicada. Uma falência da YPF não pode ser descartada e o litígio com a Gunvor, que quer cessar outro contrato de arrendamento há um ano, continua em processo de arbitragem. Se a Exmar for forçada a procurar novos clientes para estes dois ativos-chave de forma a garantir a rentabilidade e lidar com a pesada dívida, não há dúvida de que no mercado atual (baixo preço do barril), levaria muito tempo e receberia tarifas muito menos lucrativas. Se não receia o risco elevado, pode manter e esperar um desfecho favorável dos processos em curso.
Pfizer
A farmacêutica Pfizer prevê um crescimento médio anual de vendas de 6%, pelo menos, nos próximos cinco anos, graças ao seu pipeline. Prevista para o final do ano, a separação dos tratamentos de envelhecimento (cujas vendas estão em declínio) mudará de qualquer forma a face da Pfizer e aumentará automaticamente as perspetivas do grupo.
Relembrando, as vendas de produtos inovadores da Pfizer foram de 8% (excluindo efeitos cambiais) em 2019, contra uma queda de 1% para o conjunto de todas as suas atividades. Esse crescimento esperado, pode até ser impulsionado pelo lançamento de uma vacina contra a covid-19 se os testes forem conclusivos. A Pfizer espera os primeiros resultados para o final de outubro. Até que o segmento de tratamento para o envelhecimento se desagregue, limite-se a manter o título.
Peugeot - FCA
O grupo PSA (Peugeot) e a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) reviram os termos do seu projeto de fusão. Sem pôr em causa o equilíbrio entre os noivos, o novo acordo prevê a redução do dividendo excecional (de 5,5 para 2,9 mil milhões de euros) que será pago aos acionistas da FCA. Em troca, este último receberá (em ações) metade da participação de 46% que a PSA detém no fornecedor automóvel Faurecia. O objetivo da revisão é, portanto, preservar a solidez financeira da nova entidade que surgirá no primeiro trimestre de 2021. Mantenha a PSA e venda a FCA.
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