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Breves: Apple, BASF, BP, Chevron e Renault
Há um ano - 19 de agosto de 2020Apple
A cotação valorizou mais de 10% com o anúncio de resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre de 2019/20. As vendas aumentaram em todas as áreas de negócio e regiões geográficas. Revemos em alta as nossas previsões de lucros. A ação é de elevada qualidade e a valorização em bolsa não é exagerada. Ainda não chegou a hora de realizar mais-valias. Mantenha.
BASF
O grupo, que abandonou as suas metas em abril, continua sem apresentar previsões para este ano, devido às incertezas sobre o impacto económico da pandemia. O segundo trimestre, como se esperava, foi muito fraco, com os lucros operacionais a descerem 88%, também prejudicados por uma grande depreciação relacionada com a joint venture da Wintershall com a DEA. Em particular, a BASF sofreu com o colapso da procura por parte do setor automóvel, o seu principal cliente. Revemos em baixa as nossas estimativas. Apesar da queda da cotação nos últimos meses, limite-se a manter.
BP
Como se esperava, a petrolífera BP reduziu para metade o dividendo para fazer face à elevada dívida e à diminuição das suas previsões para o preço da energia a longo prazo. O grupo confirma que quer reduzir os seus investimentos em combustíveis fósseis e aumentar os investimentos em energias renováveis. De momento, esse impacto é muito limitado. Mantenha.
Chevron
A petrolífera registou custos elevados no trimestre após a queda dos preços dos hidrocarbonetos e as dificuldades sentidas na Venezuela. Contudo, o grupo permanece sólido, o que lhe permite voltar a distribuir um dividendo no terceiro trimestre. A contenção de despesas e um menor nível de investimento estão confirmados. Pode manter.
Renault
A empresa francesa comunicou um prejuízo histórico de mais de 7 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2020. Em causa está o impacto da crise sanitária que agravou as dificuldades estruturais do grupo mas também o péssimo desempenho do seu aliado histórico Nissan que, por si só, pesou nas contas em cerca de 5 mil milhões de euros.
O grupo confirmou a sua meta de redução de custos de 600 milhões de euros, equivalente a cerca de 30% do plano que visa economizar mais de 2 mil milhões de euros em três anos. A nova administração, por sua vez, levantou o véu sobre o novo plano estratégico que será apresentado até janeiro de 2021. Entre as primeiras pistas avançadas para recuperar a situação da construtora automóvel está o posicionamento em gamas superiores, especialmente no segmento SUV, onde está pouco presente.
Dada a dimensão da crise atual, acreditamos que o caminho para a recuperação será difícil. O plano de redução de custos, divulgado em maio passado, pode não ser suficiente. Mantenha apenas se estiver disposto a assumir o risco.
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