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Breves: Eni, Pearson, Pfizer, Santander
Há 3 anos - 31 de março de 2020Eni
Há apenas dez dias, após a comunicação dos resultados de 2019 e o colapso do preço do petróleo depois da reunião da OPEP, já tínhamos cortado as estimativas dos lucros futuros da Eni.
A forte incerteza atual poderá penalizar os resultados da petrolífera italiana mais do que o esperado.
Presa entre as consequências da crise sanitária e as do fracasso da reunião da OPEP, a ENI anunciou duas más notícias: a suspensão da recompra de ações próprias até que as previsões sobre o preço do petróleo atinjam pelo menos 60 dólares por barril, em comparação com os atuais 26 dólares; e o corte das suas estimativas do preço médio do petróleo para 2020 e 2021.
Do nosso lado, reduzimos a estimativa de lucro por ação de 0,9 para 0,8 euros, tanto para 2020 como para 2021. E, embora a ENI tenha indicado que a solidez do seu balanço e dos dividendos continua a ser uma das suas prioridades, não podemos excluir um futuro corte de dividendos.
Por isso, reduzimos a nossa previsão de dividendos em 2020 e 2021 para 0,8 EUR. Mantenha o título.
Pearson
A Pearson que estava em processo de recuperação também foi afetada pela epidemia de coronavírus.
O grupo alertou que o encerramento forçado, pelo governo britânico, de centros de formação terá um impacto negativo de dezenas de milhões de libras esterlinas nos seus resultados.
Para mitigar o impacto da crise, foram identificadas medidas para reduzir custos. Além disso, para proteger o seu nível de liquidez, o grupo suspendeu imediatamente o programa de compra de ações próprias.
Se reduzirmos as nossas estimativas de lucro, acreditamos que será apenas durante o período que lhe permita superar os impactos desta crise.
A solidez do seu balanço tranquiliza-nos sobre a sua capacidade de pagar dividendos. Mantenha.
Pfizer
Devido à pandemia de Covid-19 e, em particular, a atrasos no processo das autoridades reguladoras, a fusão entre a Upjohn, a divisão de produtos genéricos da Pfizer e a Mylan ficou adiada para o segundo semestre de 2020. Essa fusão será realizada sobre o chapéu de uma nova sociedade chamada Viatris.
No futuro imediato, a Pfizer está-se a concentrar no desenvolvimento de uma vacina para o Covid-19. Apesar da queda da cotação do título nas últimas semanas e pese embora a ligeira recuperação esta semana, ainda é muito cedo para se posicionar na farmacêutica. Mantenha.
Santander
A pressão sobre os bancos europeus está a aumentar por via do Banco Central Europeu e das autoridades de supervisão para que não distribuam dividendos ou pelo menos que os moderem para o ano de 2020. O que será bastante difícil para o setor. A questão sobre o dividendo de 2019 permanece em aberto.
Uma medida deste género permitiria aos bancos ganhar um folga adicional para tentar manter um balanço sólido e absorver melhor as perdas causadas por dificuldades económicas futuras.
O Santander anunciou, na semana passada, que apenas distribuirá, em março de 2021, o dividendo que ia pagar em novembro de 2020. Depois de saber o impacto desta crise nas suas contas e para manter os meios financeiros para ajudar os clientes com necessidades.
O mercado reagiu bem às decisões do banco. O ING e o BCP foram outros dois dos bancos que suspenderam os seus dividendos relativos a 2019. Mantenha.
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