Após uma pesada perda em 2018, 2019 foi o ano do retorno ao equilíbrio, se excluirmos os itens ligados às atividades vendidas ou em processo de venda.
A liquidez gerada pela atividade foi um pouco melhor do que o previsto, com um quarto trimestre tranquilizador e mais confiança para 2020. Isso permite manter a redução progressiva do endividamento do grupo.
Mas nem tudo são rosas. Desde logo, e sem surpresas, o negócio da Energia continua fraco. Por um lado, as encomendas de turbinas caíram 25% durante o ano. Por outro lado, as infraestruturas de energia renováveis continuam a apresentar perdas. E a Aviação, a jóia da coroa do grupo (representa 2/3 do caderno de encomendas do grupo), vai sofrer com os problemas da Boeing, sua cliente. Finalmente, a venda da atividade de biofarmacêutica, prevista para o final de 2019, atrasou-se, o que levanta receios de que o acordo (nos moldes atuais, muito vantajoso para a GE) seja renegociado para valores mais baixos.
Tendo em conta os esforços de reestruturação a empreender em 2020, revemos em baixa a nossa previsão de lucro por ação para este ano para 0,3 dólares (antes, 0,6 dólares), mas mantemos a estimativa de 0,85 dólares para 2021. Continuamos prudentes em relação à General Electric, mas pode manter o título.
Cotação à data da análise: 12,83 dólares