No primeiro trimestre de 2019/20 (exercício encerra a 30/09), a Apple superou as expectativas, com vendas e lucros por ação a subir 8% e 19%, respetivamente.
O aumento nas vendas do iPhone (+8%, cerca de 60% do volume de negócios) tranquiliza, após quatro trimestres de declínio, destacando-se o sucesso comercial do iPhone 11. O seu lançamento marca uma mudança estratégica na Apple, rompendo com a tradição: o preço é mais baixo do que o antecessor. A Apple privilegia agora a expansão da sua base de terminais (1,5 mil milhões).
O facto é que os serviços oferecidos (Apple TV+), que agora geram cerca de 20% da vendas (+17%), são muito rentáveis. As vendas de acessórios (ex: AirPods) e dispositivos conectados também cresceram acentuadamente (+37%). Dada a extrema lealdade dos clientes e o poder financeiro colossal do grupo, a Apple pode enfrentar calmamente o futuro.
Embora a cotação esteja no nível mais alto de sempre e os investidores que seguiram o nosso conselho de compra, iniciado em março de 2013, tenham um retorno anual médio em euros de mais de 30%, acreditamos que ainda não chegou o momento de vender. Elevamos as estimativas de lucros por ação para 13,8 dólares em 2019/20 (antes 13) e para 15,3 dólares em 2020/21 (antes 14,3).
Cotação à data da análise: 321,45 dólares