Apesar da atual descida da cotação, a reação inicial à apresentação das contas da NOS foi positiva, pois os resultados voltaram a não desiludir.
Até setembro deste ano, a NOS obteve lucros de 0,27 euros por ação, uma subida de 10,4% face a igual período de 2018. Em causa está o bom desempenho operacional do grupo mas também a melhoria de 41% do resultado financeiro, graças ao aumento dos resultados de empresas associadas e à redução do custo médio da dívida.
Em termos operacionais, apesar da maturidade do mercado, as receitas aumentaram 1,5% e o EBITDA cresceu 2,8%, fruto também do bom desempenho da área de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica. Nas Telecomunicações, apesar da redução das tarifas de terminação e da menor subscrição de canais premium, o grupo beneficiou da maior penetração das ofertas convergentes.
A melhoria dos resultados não tem tido reflexo na evolução da cotação bolsista talvez devido às perspetivas algo limitadas de crescimento do grupo. Contudo, dada a maturidade do mercado nacional e a elevada concorrência no setor, é inegável que a NOS tem obtido bons resultados e é a empresa portuguesa com o maior rendimento do dividendo previsto (5,4% líquidos). Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,32 euros em 2019 e de 0,34 euros em 2020.
Cotação à data da análise: 4,91 euros