Sonae Capital
A Sonae Capital comunicou a venda do total da participação que detinha na RACE, SGPS, SA. Esta operação tramitada por 15,8 milhões de euros representa uma menos-valia de 9,4 milhões de euros nos capitais próprios do grupo. Tendo em conta esta venda, revemos em baixa as estimativas de lucros por ação para este ano, de 0,011 euros para um prejuízo de 0,017 euros. Ainda assim o título está avaliado corretamente. Mantenha.
Intel
A Intel publicou uma carta aos seus clientes, na qual pede desculpas pelo atraso na entrega dos seus micro-processadores para PC. Como justificação principal para este atraso, está a procura mais elevada do que o esperado, para a qual tem tentado responder. Apesar dos esforços feitos nos últimos meses para aumentar a produção (aumento de dois dígitos no segundo semes-tre de 2019 em comparação ao primeiro), a Intel afirmou que essa dificuldade atual não põe em causa as suas previsões para o trimestre em curso. A forte procura por microprocessadores é um sinal positivo, já que outros operadores do setor de semicondutores, como a Texas Instruments, relataram recentemente uma queda. A ação da Intel, de qualidade e sempre subvalorizada, é um dos nossos títulos favoritos. Compre.
Ferrari
Os primeiros nove meses de 2019 da Ferrari fecharam com um aumento da receita em 10% e um lucro operacional de 11%. O lucro líquido caiu 11%, mas sem o resultado extraordinário realizado em 2018, o lucro aumentaria 17%. A Ferrari aumentou as suas estimativas sobre o lucro para o ano de 2019 para 3,7 a 3,75 euros por ação. As nossas estimativas para este ano já eram de 3,7 euros por ação, logo mantemos este dado.
Para 2020, é esperado um lucro por ação de 3,88. A Ferrari assinou um acordo com a Armani para a produção de roupas e acessórios da marca Ferrari. Este acordo faz parte da sua estratégia de aumentar cada vez mais o nível e a exclusividade dos produtos Ferrari exponenciando a marca do cavalinho rampante como marca de luxo. O título, aos preços atuais, permanece caro. Venda.
Novartis
A farmacêutica suíça fortaleceu-se na área da insuficiência cardíaca adquirindo a empresa americana de bio-tecnologia Medecines Co., que recentemente viu o seu medicamento para o colesterol Inclisiran, alcançar resultados clínicos promissores e cujo pedido de homologação nos EUA será realizado até ao final do ano. A operação ficou fechada por 9,7 mil milhões de dólares. Mas o Inclisiran, enquanto tratamento inovador, deverá ser vendido a um preço alto, fortalecendo a rentabilidade da Novartis. Se o Inclisiran obtiver o sinal verde das autoridades ame-ricanas e se as vendas do realmente confirmarem as expectativas, esta operação será uma boa transação para o acionista. Portanto, continuamos a recomendar a compra do título, apesar dessa incerteza. Teremos mais detalhes esta semana sobre a operação.
Xerox
A direção da HP rejeitou a oferta de aquisição por parte da Xerox. Na opinião do fabricante de computadores e impressoras esta oferta subestimava o seu valor real. Mas a Xerox não pretende desistir e mantém sua proposta de 22 dólares por ação. Este preço proposto pela Xerox representa um prémio de 29% sobre o preço médio da HP nos 30 dias anteriores ao anúncio da transação. Se a administração mantiver a sua posição, a Xerox ameaça ir diretamente aos acionistas da HP para apresentar a sua oferta. Mantenha.