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Breves: BPost, Encana, ENI, Repsol, Telefonica Brasil, Xerox
Há 3 anos - 12 de novembro de 2019BPost
A empresa postal belga registou no terceiro trimestre de 2019 resultados em linha com as nossas estimativas. O crescimento do volume de encomendas (+20%) sustentou a atividade e permitiu contrabalançar a queda de 8% do volume de correio doméstico.
Fortalecida com estes resultados, a direção confirmou as perspetivas para 2019, ou seja, atividade estável em relação a 2018 e um lucro operacional superior a 300 milhões de euros. Ainda que a filial americana, a Radial, continue a pesar sobre os resultados, consideramos que o grupo está no bom caminho para atingir os seus objetivos.
Encana
A canadiana Encana quer mudar a sede para os Estados Unidos, movimento justificado pelo crescente peso dos ativos nesse país (60% do total). Também espera melhorar a visibilidade junto dos investidores. O grupo mudará o nome para Ovintiv e prosseguirá com a consolidação das ações: serão trocadas 5 ações da Encana por 1 ação da Ovintiv. A transação ocorrerá no início do ano se, como é provável, os acionistas a aceitarem.
Os resultados do terceiro trimestre foram melhores do que o esperado, apesar da queda no preço dos hidrocarbonetos (-14% para o petróleo e 17% para o gás). O grupo beneficiou do aumento de 4,3% da produção. O fluxo de caixa foi mais alto do que o esperado e espera um bom desempenho no último trimestre de 2019. Os acionistas olham para o futuro e, portanto, permanecem cautelosos.
A Encana fez uma grande aposta ao comprar a American Newfield no final de 2018 a um preço elevado. Só um barril caro tornará esse investimento lucrativo. Os desenvolvimentos recentes no petróleo são, portanto, motivo de preocupação. Além disso, a dívida permanece alta. A ação está corretamente avaliada, mas é mais arriscada do que os grandes nomes do setor, como a Exxon (comprar) ou a Chevron (comprar).
ENI
Com um aumento da produção de hidrocarbonetos de 5% para 1,89 milhões de barris, a maior em termos trimestrais, a ENI gostaria de comemorar. Infelizmente, a conjuntura é complicada. Face há um ano, os preços do petróleo e do gás caíram. Como resultado, o terceiro trimestre fechou com uma queda da receita (-15%). Ainda nos nove meses, o lucro por ação ficou em 0,58 euros (-45%). Em parte, existem operações extraordinárias que enviesam estes dados, como a expansão da atividade (início da produção no delta do Níger e a descoberta de novos recursos no Golfo de Suez), mas duvidamos que a situação em termos de rentabilidade possa mudar radicalmente. Por isso, reduzimos as expectativas para 2019 e 2020, respetivamente, para 0,72 euros e 0,97 euros por ação. Pode manter.
Repsol
O recuo dos preços do barril do petróleo nas últimas semanas levou a Repsol a reduzir uma série de objetivos para 2019: lucros, investimentos e nível de produção. Estas adaptações eram já esperadas, dada a degradação nas perspetivas no mercado do petróleo. Resultados sem surpresas. Mantemos a recomendação de compra.
Telefónica Brasil
A Telefónica Brasil publicou um resultado trimestral inferior às nossas expectativas, afetado por custos não recorrentes. Mas o CEO mostra-se otimista para os próximos meses, esperando maior dinamismo no último trimestre de 2019. As reformas implementadas pelo presidente Jair Bolsonaro terão, na opinião deste responsável, um impacto positivo nos resultados da empresa. Pode comprar.
Xerox
A Xerox anunciou a intenção de lançar uma oferta sobre a Hewlett Packard (HP), para criar um gigante mundial da impressão e material de escritório. As duas empresas têm atualmente em curso planos de redução de custos, e uma fusão pode permitir identificar mais ganhos de eficiência.
As discussões estão em curso, mas não é certo que cheguem a um acordo. Tendo em conta o caráter audacioso da oferta (a HP fatura seis vezes mais que a Xerox), não especulamos sobre o resultado. Mas pode manter as ações da Xerox, que subiu pela segunda vez as previsões de lucro para 2019, após publicar resultados trimestrais acima do esperado.
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