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Rui
Ribeiro
Analista financeiro
Rui
Ribeiro
Analista financeiro
O anúncio de um acordo em relação ao Brexit não provocou grande otimismo nos mercados acionistas. A reação inicial positiva esvaziou-se rapidamente, já que até as autoridades britânicas parecem não se entender quanto ao caminho a seguir. À valorização da libra após o anúncio do acordo seguiu-se uma correção, com a taxa de câmbio a situar-se nas 0,863 libras por euro.
Além disso, os mercados permanecem mais focados no risco do fim do ciclo económico do que no Brexit. De facto, o cenário de desaceleração económica foi confirmado na China e nos Estados Unidos, onde a indústria deu novos sinais de fraqueza. Apesar de tudo, o nosso cenário económico base exclui uma recessão da economia mundial em 2020.
Apesar da conjuntura desafiante, as bolsas fecharam sem uma tendência claramente definida. O Stoxx Europe 50 subiu 0,4% e, nos Estados Unidos, o S&P 500 ganhou 0,5% enquanto o tecnológico Nasdaq progrediu 0,4%. Pelo contrário, a bolsa de Londres recuou 1,3% e foi a praça que teve pior desempenho na semana passada.
Numa semana em que as bolsas se mostraram indecisas sobre o rumo a seguir, a praça nacional recuou ligeiramente (-0,5%), penalizada sobretudo pelo grupo EDP. Desde o início do ano, o índice PSI-20 ainda acumula uma valorização de 5,2%.
A elétrica nacional corrigiu 2,3% depois de anunciar uma descida de 11% da produção de eletricidade nos primeiros nove meses do ano, sobretudo devido a fatores conjunturais. Contagiada pela casa mãe, a EDP Renováveis recuou 1,6%, embora tenha divulgado um aumento de 6% da sua produção de energia.
Pela positiva, a Cofina (+11,4%) liderou os ganhos e recuperou parte das quedas acumuladas desde que anunciou a realização de um aumento de capital. Destaque igualmente para os CTT (+6%) e para a Mota-Engil (+2,4%), que mantiveram a toada de recuperação da semana anterior.
Na vertente micro, os mercados europeus tiveram de digerir alguns resultados dececionantes, como foram os casos da Danone (-9,2%) ou da Renault (-9,1%). A construtora francesa também reviu em baixa as suas estimativas de resultados para 2019. Apesar disso, o setor automóvel europeu valorizou 2% na semana, no seguimento da recente diminuição das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Ao invés, os bancos americanos publicaram resultados globalmente favoráveis, como foram exemplos o Bank of America (+5%) ou o Morgan Stanley (+4,1%). Esta tendência contagiou positivamente a banca europeia, que valorizou 2,1%.
Principais Bolsas | |
Lisboa | -0,5% |
Frankfurt | +1,0% |
Londres | -1,3% |
Madrid | +0,6% |
Milão | +0,7% |
Nasdaq | +0,4% |
Nova Iorque | +0,5% |
Paris | -0,5% |
Tóquio | +3,2% |
Zurique | -0,5% |
Ações nacionais: maiores subidas e descidas | |
Cofina | +11,4% |
Sonae Capital | +9,7% |
CTT | +6,0% |
Sonae | +2,8% |
Mota-Engil | +2,4% |
Novabase | -4,7% |
Sonae Indústria | -4,2% |
EDP | -2,3% |
Altri | -2,0% |
EDP Renováveis | -1,6% |
Variação das cotações entre 11/10 e 18/10, em moeda local.
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