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de segunda a sexta-feira das 9h às 18hA saúde animal é há muito tempo domínio dos grandes grupos farmacêuticos, considerada como fonte de diversificação em relação à saúde humana, a sua atividade principal. São os grandes laboratórios farmacêuticos, nomes como a Pfizer, Sanofi, Eli Lilly, Merck ou Novartis.
Porém, mais recentemente, estes grupos farmacêuticos têm voltado a colocar o seu foco na pesquisa de tratamentos (para humanos) sujeitos a receita médica. Esta especialização tem levado à saída das áreas não-estratégicas.
Assim, a Pfizer colocou em bolsa a sua área de saúde animal, em 2013, sob a designação Zoetis. A Novartis abandonou a atividade, em 2015, vendendo-a à Elanco (Eli Lilly). Dois anos mais tarde, foi a vez da Sanofi trocar a sua divisão de saúde animal pelos medicamentos sem receita médica da Boehringer Ingelheim. Já este ano, em fevereiro, a Eli Lilly abandonou completamente esta atividade, após colocar em bolsa a Elanco. A mesma Elanco que, em 2020, vai ficar com a saúde animal da Bayer.
Tal como a saúde humana, a saúde animal é um negócio pouco sensível aos ciclos económicos, com algumas vantagens:
A saúde animal divide-se em dois segmentos: a pecuária e os animais domésticos. Dentro de cada segmento, distinguem-se vários domínios, como medicamentos, vacinas, aditivos alimentares ou os diagnósticos. O mercado da saúde animal, que se espera venha a crescer em média 5% ao ano até 2023, beneficia de três grandes tendências.
Para os investidores que querem apostar no setor, as escolhas são limitadas e caras. No setor, emergiram quatro líderes. Graças aos ativos da Bayer, a Elanco vai tornar-se a número 2 do setor em vendas, apenas atrás da Zoetis. A Boehringer Ingelheim (não cotada) está em 3º lugar, seguida pela Merck. Só as duas primeiras são 100% dedicadas à saúde animal.
Idexx Laboratories é um grupo americano especializado em testes diagnósticos para animais, e também na análise da água e produtos lácteos. A Dechra Pharmaceutical, sedeada em Inglaterra, desenvolve tratamentos veterinários. É também o caso da firma francesa Virbac, que se reforçou nos Estados Unidos, ao adquirir dois antiparasitários para cães em 2015.
Uma grande parte das despesas com os animais são relativas à alimentação. Contudo, os grandes grupos alimentares têm uma presença (muito) modesta na alimentação animal. É o caso da Mars, a empresa americana célebre pelas barras de chocolate com o mesmo nome, que quer tornar-se a nº 1 nos produtos e serviços para animais. Infelizmente, não está cotada em bolsa.
A suíça Nestlé tem a sua filial Purina Petcare, cuja estratégia passa pelo desenvolvimento de marcas sólidas (Friskies, Gourmet, Felix,…). A americana General Mills está muito bem implantada nos Estados Unidos com a sua gama de produtos Blue Buffalo. Idem para a Colgate-Palmolive com a marca Hill’s. Por sua vez, a Smuckers’ reforçou-se nesta área com a aquisição da Pet Nutrition, em 2018. Merece ainda menção a FreshPet, especializada em alimentos frescos para cães e gatos.
Estamos a falar de lojas on-line que comercializam todo o tipo de artigos para animais de estimação. Estas empresas enfrentam forte concorrência dos grandes grupos que operam no comércio on-line, como a Amazon, e de uma forma mais geral, das lojas de animais e das cadeias de distribuição (hipermercados e supermercados).
Assim, a alemã Zooplus AG tem grandes problemas ao nível da sua rentabilidade e ocasionalmente regista prejuízos. Por sua vez, a americana Chewy, nunca conseguiu ser rentável. Por fim, referência ainda à PedMed Express, que tem a particularidade de ser um farmácia online para animais.
Não aconselhamos a compra de empresas do setor de saúde animal. Prefira as farmacêuticas.
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