A reorientação da empresa para África, iniciada em 2017, começa a produzir impacto nas contas da empresa. Relativamente ao mesmo semestre de 2018, o volume de negócios nesta geografia aumentou 25%, mais que compensando a estagnação na Europa e o decréscimo considerável na América Latina, prejudicada pelo mercado mexicano, onde os ventos políticos mudaram e a empresa tem de contar mais com projetos privados.
Infelizmente, a rentabilidade ficou aquém do que esperávamos devido ao decréscimo da rentabilidade em África (a margem EBITDA+ caiu 3 pontos percentuais) e sobretudo no segmento de Ambiente & Serviços (Europa), com um contributo negativo sobre o EBITDA, devido a alterações regulatórias.
Pela positiva, o grupo tem conseguido nos últimos semestres manter um nível elevado de geração de caixa, mantendo o endividamento estável e aliviando a pressão financeira.
A empresa espera que a atividade continue a crescer rapidamente, impulsionada por fatores como as obras públicas em Portugal ou a expansão em Moçambique. Mas preferimos ser prudentes: a nossa estimativa de lucro por ação para 2019 é revista em baixa para 0,11 euros (antes, 0,17). A estimativa para 2020 sofre uma redução mais ligeira, de 0,18 para 0,15 euros.
Cotação à data da análise: 1,95 euros