A EDP obteve lucros de 0,11 euros por ação no primeiro semestre, um aumento de 7% relativamente a igual período de 2018. Este valor está em linha com as previsões e reflete o bom desempenho nas energias renováveis, onde a EDP beneficiou também de uma boa mais-valia com a venda de um conjunto de ativos de energia eólica na Europa.
Ao invés, em Portugal, o resultado foi penalizado pelo contexto regulatório mais adverso e pelo clima muito seco. No total, o lucro operacional subiu 14%.
A EDP continua focada em crescer nas energias renováveis no exterior, como prova a recente joint venture com a francesa Engie para a energia eólica offshore (mar). O grupo mantém a política de rotação de ativos (alienação de posições em parques que já estão em operação, para financiar a construção de novos parques) e de estabilidade dos preços de venda da energia produzida, através da realização de contratos de longa duração, reforçando assim o perfil de baixo risco da sua atividade.
Além disso, a venda de outros ativos, sobretudo hidroelétricos na Península Ibérica, está em marcha, com o objetivo de baixar a dívida, que é superior ao desejável, apesar da boa capacidade do grupo para gerar liquidez. Mantemos as estimativas de lucro por ação de 0,20 euros em 2019 e de 0,21 euros em 2020.
Cotação à data da análise: 3,50 euros