A Pfizer está a acelerar a reorganização das suas atividades. Em 2013, a farmacêutica já havia separado a Saúde Animal, introduzindo essa atividade em bolsa sob o nome de Zoetis.
Além disso, o grupo recentemente consolidou a área de Medicamentos de Venda Livre numa joint-venture com a britânica GlaxoSmithKline (GSK).
Contudo, são agora os seus produtos emblemáticos que perderam as patentes (Lipitor, Celebrex, Lyrica, Viagra ...) que levaram a Pfizer a aliar-se com a fabricante de genéricos holandesa Mylan. A transação deve ser concluída em meados de 2020.
A Pfizer está a assim a retirar-se dos genéricos, que não são mais estratégicos para o grupo, para se concentrar nos medicamentos com prescrição médica e nas vacinas.
Em paralelo, a farmacêutica reforça-se na oncologia com a recente aquisição da biotecnológica Array Biopharma. De facto, tendo em conta essa operação e a criação da joint-venture com a GSK, a Pfizer acaba de reduzir as suas perspetivas para este ano.
Reduzimos a previsão de lucro por ação de 2 para 1,8 dólares para 2019 e de 2,1 para 1,9 dólares para 2020. Os resultados para o segundo trimestre são, no entanto, um pouco melhores do que o esperado. As vendas aumentaram 2%, excluindo os efeitos cambiais, ainda impulsionadas pelo crescimento de alguns produtos importantes, como Ibrance (cancro) e Eliquis (anticoagulante).
Cotação à data da análise: 38,84 dólares