No 2º trimestre, o BCP alcançou lucros de 0,001 por ação, menos 90% face aos 0,01 euros por ação obtidos no 1º trimestre deste ano.
Em causa, no lado das receitas, esteve sobretudo uma diminuição dos lucros em operações financeiras (-42%). Por sua vez, no lado dos custos, desde logo, as imparidades aumentaram 23%, agravadas pela aquisição do banco Euro Bank pelo Bank Millennium, a subsidiária polaca detida a 50,1% pelo BCP, que ficou concluída em maio último.
Além disso, os custos de pessoal aumentaram 13% do primeiro para o segundo trimestre devido sobretudo a mais encargos extraordinários relativos à compensação por ajuste temporário e a custos de restruturação.
No conjunto dos primeiros seis meses do ano, os lucros por ação atingiram 0,011 euros que embora correspondam a um crescimento de 12,7% ficaram abaixo das expectativas.
Pela positiva, destacamos a continuação da diminuição do crédito mal parado, cujo rácio é agora de 5,2% (era 8% em junho de 2018), embora ainda esteja um pouco acima do máximo de 5% recomendado pelo BCE a nível europeu.
Em face dos resultados trimestrais, reduzimos a nossa estimativa de lucros por ação para este ano, de 0,03 para 0,026 euros. Para 2020 mantemos sensivelmente a previsão de 0,035 euros.