Tendo entrado em funções a 1 de janeiro último, o novo CEO, Albert Bourla, não perdeu tempo a realizar a primeira grande aquisição para relançar o crescimento: o laboratório americano adquiriu a biotecnológica Array BioPharma, especializada em oncologia. Por 11,4 mil milhões de dólares, a Pfizer deita assim as mãos a dois anticancerígenos contra o melanoma (Braftovi e Mektovi), dupla que foi já aprovada pelas autoridades nos EUA, Europa e Japão.
Por enquanto, as vendas da Array são marginais para a Pfizer (35 milhões de dólares no 3.º trimestre 2018/19) mas estão em forte crescimento (+55% de um trimestre para o outro). A empresa possui um portefólio de produtos em desenvolvimento interessantes (estão em curso cerca de 30 estudos clínicos).
A operação é indubitavelmente cara, com um prémio de 62% sobre a última cotação) mas terá um impacto financeiro negativo moderado sobre as contas da Pfizer, esperando-se que comece a contribuir para os resultados em 2022.
Com esta aquisição e a da Medivation (em 2016), a Pfizer está a recuperar o atraso na oncologia e a melhorar as perspetivas de crescimento de médio/longo prazo. Esperamos um lucro por ação de 2 dólares em 2019 e 2,1 dólares em 2020.
Cotação à data da análise: 44,40 dólares