A Merck não está longe do seu máximo histórico, atingido no final do ano 2000. Este desempenho é devido, em grande medida, ao sucesso do seu anticancerígeno “vedeta”, o Keytruda. Com um aumento de 88% em 2018, as vendas deste tratamento continuaram a boa progressão no primeiro trimestre de 2019 (+60% excluindo efeito cambial), e representam 21% das vendas globais. Daí a liderança no campo da imunoterapia contra o cancro. E ainda há espaço para crescer, pois outras indicações, sozinhas ou em combinação com outros produtos, estão a ser desenvolvidas.
A Merck aposta também nas vacinas, onde se destaca o Gardasil na prevenção do cancro (+31% de vendas no primeiro trimestre) e os medicamentos para uso hospitalar (sobretudo antibióticos). Mas estamos pouco impressionados com o portefólio de produtos em desenvolvimento, o que nos leva a questionar o crescimento da empresa quando o Keytruda entrar em velocidade de cruzeiro.
Para reforçar a sua pesquisa interna, a Merck conta com parcerias e com pequenas aquisições, de que são exemplo as recentes compras da Tilos e da Peloton Therapeutics (oncologia).
Por enquanto, não nos parece suficiente, mas há tempo: o Keytruda deve assegurar o crescimento nos próximos anos. Manter.
Cotação à data da análise: 79,89 dólares