A Galp registou um prejuízo ligeiro de 0,01 euros por ação no primeiro trimestre deste ano. Um valor inferior ao esperado e deve-se, sobretudo, a custos não recorrentes relacionados com a unitização/separação de um campo de petróleo no Brasil.
Sem elementos não recorrentes e excluindo o efeito contabilístico muito volátil da valorização dos stocks, o resultado foi de 0,12 euros por ação, ainda assim, uma descida de 24% que se deve ao aumento dos impostos.
A nível operacional, a área da Exploração & Produção beneficiou do aumento de 8% da produção de petróleo e gás. Na divisão de Gás & Power, o desempenho também foi positivo graças a uma subida das vendas para o mercado externo.
Em contrapartida, o segmento da Refinação & Distribuição foi penalizada pela queda das margens de refinação. Tudo somado, o lucro operacional recorrente manteve-se estável.
Apesar dos resultados menos positivos, as perspetivas de crescimento continuam positivas, em especial na Exploração & Produção, e a Galp mantém-se sólida financeiramente e tem subido o dividendo. Mas, como todas as petrolíferas, a evolução do preço do barril e da margem de refinação confere volatilidade aos resultados. Baixámos a previsão de lucros por ação de 0,90 para 0,66 euros em 2019 e de 1,04 para 0,94 em 2020.
Cotação à data da análise: 13,95 euros