Em reunião com investidores, a administração da Exxon confirmou as principais linhas da sua estratégia. Segundo ela, o aumento da procura de petróleo a longo prazo é justificado pelo esperado crescimento da população mundial e das suas necessidades (transporte, urbanização...).
Logo, a Exxon vai manter os investimentos para aumentar a produção de 3,8 milhões de barris por dia para 5,2 milhões em 2025, um aumento face aos 5 milhões de barris inicialmente previstos. Esta ligeira subida é explicada pelas muitas descobertas de petróleo na Guiana, uma região da América do Sul muito rica em petróleo.
Outra vantagem da Exxon, para desenvolver a sua produção, é o petróleo de xisto na bacia do Pérmico (Texas), onde a produção diária deve aumentar de 0,55 para 1 milhão de barris entre 2017 e 2025. Contudo, não podemos ignorar os riscos deste ambicioso plano, sobretudo a capacidade de o executar bem, a incerteza do preço do petróleo e a rentabilidade no Pérmico.
Por fim, a Exxon terá de gerir a pressão dos fundos europeus, que acusam a empresa de ser menos transparente do que os seus concorrentes na sua política de rejeição de poluentes. Alguns fundos estão mesmo a desfazer-se das ações.
Não há um impacto imediato no grupo, mas ficaremos de olho nesta situação. Comprar.
Cotação à data da análise: 76,44 dólares