A Ericsson dececionou ao anunciar que as suas margens estarão sob pressão nos próximos meses devido à conclusão de contratos de baixa rentabilidade. Um sinal que quer aproveitar ao máximo os contratempos da sua concorrente chinesa, a Huawei, para obter quota de mercado.
Muitos clientes e países estão a colocar a hipótese da substituição do fabricante chinês de equipamentos. Assim, a fraqueza temporária das margens pode ser, para o grupo sueco, um bom ou um mau sinal. A confirmar...
A Ericsson apresentou um resultado em linha com as nossas expectativas no segundo trimestre de 2019. Em termos comparáveis, o volume de negócios aumentou 7% e o lucro por ação atingiu 0,59 SEK, contra uma perda de 0,09 SEK há um ano.
A clara melhoria do desempenho é suportada pela implantação do 5G, particularmente nos Estados Unidos (um terço do volume de negócios do grupo), onde as operadoras de telecomunicações estão a investir massivamente.
Uma dinâmica comercial que deixa a Ericsson otimista no médio prazo, com objetivos de margem operacional mantidos acima de 10% para 2020 e mais de 12% para 2022 (comparando com 8,6% no primeiro semestre de 2019).
Esse otimismo não nos leva a modificar o conselho, já que a correção da cotação não é suficiente para tornar a ação atrativa. Ainda está 87% acima do mínimo de 2017. Mantenha.
Cotação à data de análise: 82,52 coroas suecas