A EDP Renováveis (EDPR) teve lucros trimestrais de 0,07 euros por ação, uma queda de 35% face a igual período de 2018 que está em linha com o esperado.
Na base da descida está o aumento das amortizações, fruto do crescimento do grupo, e a deterioração dos resultados financeiros, devido a ganhos não recorrentes obtidos em 2018 com a venda de uma posição num projeto eólico e a uma dívida e taxas de juro mais altas.
Ao nível operacional, as receitas caíram 1%, devido a um menor recurso eólico disponível, mas o EBITDA subiu 1%.
Apesar da descida dos lucros, a cotação fixou recentemente um novo máximo histórico, graças à adoção de uma correta estratégia de crescimento nos últimos anos. Por um lado, parte do financiamento advém da venda de participações, o que permite controlar a dívida. Por outro, a aposta em parcerias que garantem a venda da eletricidade produzida reduz a exposição às flutuações dos preços de mercado. Logo, a empresa consegue obter um bom equilíbrio entre crescimento e controlo dos riscos.
A recente joint-venture paritária com a Engie para os ativos eólicos offshore (no mar), segmento que deverá ter um forte crescimento futuro, é mais um passo no crescimento sustentado do grupo.
Mantemos a previsão de lucro por ação de 0,22 euros em 2019 e 0,25 em 2020.
Cotação à data da análise: 9,01 euros