Basf
Os nossos receios confirmam-se: a BASF está a sofrer mais do que o esperado pelos investidores devido à desaceleração económica mundial e às dificuldades do mercado automóvel global.
O grupo reduziu os seus objetivos para 2019: queda de 30% no lucro operacional em comparação com 2018 e queda na rentabilidade total. Acreditamos que o clima económico não explique tudo e o grupo alemão pode estar com problemas internos. Mantenha.
Iberdrola
O setor energético espanhol anda a viver um período de turbulência marcado pelas mudanças tarifárias que se estão a aproximar. Na Iberdrola, em princípio, essas mudanças não devem ter grande impacto.
Por um lado, o negócio de distribuição, sobre o qual se irão aplicar as novas tarifas, representou pouco menos de 25% do lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, em comparação com 28% no final de 2018.
Por outro lado, com a nova metodologia, o corte estimado para as redes de distribuição elétrica rondará os 8% em 2026 para todo o setor, com cortes progressivos até essa data. De acordo com os dados atuais, nesse ano e no pior cenário, esta medida teria um impacto negativo de cerca de 0,026 euros por ação.
Até então, o peso do negócio de distribuição de eletricidade em Espanha, em todo o grupo será reduzido. Será dado um impulso aos seus outros negócios no estrangeiro: geração no México, a Neoenergia no Brasil e Avangrid nos Estados Unidos. É nesses casos que se valoriza a bem-sucedida estratégia de diversificação internacional que a empresa de eletricidade vem realizando nos últimos anos. Mantenha.
Total
A petrolífera vendeu ativos não essenciais ao seu crescimento no Mar do Norte ou com custos elevados de desenvolvimento por 635 milhões de dólares. Estes ativos pertenciam originalmente à Maersk Oil comprada pela francesa em 2018. Adicionalmente, a Total finalizou um investimento em gás natural liquefeito (GNL) nos Estados Unidos. A queda nos preços globais do gás nos últimos meses, devido à menor procura provocada por um inverno menos rigoroso e maior oferta de GNL, afetará levemente os resultados da Total em 2019. O nosso conselho é para manter o título em carteira.