Ao contrário do concorrente Daimler, a BMW ainda tem conseguido resistir à tendência de baixa do mercado automóvel mundial.
Graças ao sucesso comercial da gama X, as suas vendas aumentaram ligeiramente no primeiro semestre (+ 0,8%), permitindo à marca alemã aumentar a sua quota de mercado.
Mas o grupo de Munique ainda tem muito que fazer para enfrentar os ventos desfavoráveis que afetam o mercado automóvel global. Além de ter sido afetado pela disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, a BMW perdeu a sua liderança no segmento dos carros elétricos (-2% em vendas no primeiro semestre), um mercado em que já desempenhou no passado um papel de pioneiro.
Consciente do seu atraso, o construtor alemão irá lançar 25 novos modelos elétricos em 2023, dois anos antes do que estava anteriormente previsto. No entanto, nos primeiros tempos do seu mandato, o novo líder da marca da Baviera deverá dar uma atenção especial à boa implementação e execução do plano de racionalização de custos.
Resta saber se as medidas incluídas nesse plano serão suficientes. De forma a preservar a sua tesouraria e não comprometer os investimentos massivos nos carros elétricos, o dividendo deverá ser reduzido de 3,5 para 3 euros.
Cotação à data da análise: 66,30 euros