A petrolífera continua a executar a sua estratégia no gás e no gás natural liquefeito (GNL), onde é o segundo player mundial, atrás da Royal Dutch Shell.
Desta vez, a Total faz prova do seu sentido de oportunidade. A americana Occidental Petroleum está prestes a comprar a compatriota Anadarko e alienar a atividade de gás em África. Esses ativos serão adquiridos pela Total se a operação nos EUA tiver sucesso. Este é um grande negócio para a Total que aumentará a produção de hidrocarbonetos em 3%.
O grupo Total aproveita a solidez financeira e o fluxo de caixa gerado pelas suas atividades para se fortalecer no mercado do GNL, cujo crescimento anual esperado nos próximos anos deverá ficar entre 5% e 6%. A Total optou pelo GNL, enquanto os concorrentes a Exxon e Chevron dependem mais do petróleo de xisto.
O valor da transação de 8,8 mil milhões de dólares não coloca em questão o objetivo de aumentar o dividendo em 10%, entre 2018 e 2020, e a compra de 1,5 mil milhões de dólares de ações próprias.
As tensões no mercado, nomeadamente as preocupações crescentes sobre o nível de fornecimento, levaram o preço do barril para 72 dólares, mas continua volátil. Mantemos as estimativas de lucros por ação em 4,8 euros para 2019 e 4,9 para 2020. Manter.
Cotação à data da análise: 46,88 euros