Com um sólido primeiro trimestre, o grupo espera que 2019 traga um aumento do volume de negócios e da margem operacional para cima dos níveis recordes de 2018. Para o atingir, pretende aumentar as tarifas nas comunicações móveis, nos assinantes (56% de seus clientes), mas também nas ofertas pré-pagas, algo inédito há anos. O foco também estará no controlo de custos, nomeadamente através de serviços de atendimento ao cliente mais automatizados. O contexto é mais favorável para o grupo desde a eleição do presidente Bolsonaro, que pretende realizar grandes reformas económicas no Brasil.
A aceleração da transformação digital do país está na agenda. As operadoras de telecomunicações, incluindo a líder Telefônica Brasil (32% de quota de mercado), poderão ter um enquadramento regulatório mais flexível.
Perante este cenário, a administração está otimista quanto aos resultados futuros e antevê um crescimento do dividendo. Este é um trunfo importante do título, com um rendimento que, à cotação atual, atinge 6,8% brutos. A ação está barata, mas dado o tenso clima socioeconómico e uma moeda altamente volátil, é apenas recomendada para os mais propensos ao risco.
Esperamos lucros por ação de 0,95 dólares em 2019 e 1 dólar em 2020. Comprar.
Cotação à data da análise: 13,21 dólares