As bolsas mundiais terminaram a semana em alta ligeira, com um ganho de 0,3% para o índice Stoxx Europe 50 e de 0,5% para o americano S&P 500. A diminuição das tensões comerciais entre o México e os Estados Unidos no início da semana, bem como a perspetiva de reduções das taxas de juro pela Reserva Federal encorajaram o apetite dos investidores pelos investimentos de maior risco.
Mas com prudência. As relações sino-americanas estão num ponto baixo, a economia mundial está em fim de ciclo e as tensões geopolíticas no Golfo de Oman persistem.
Lisboa em queda ligeira
O índice PSI-20 perdeu 0,2% na última semana, o que o traz para uma variação acumulada de +7,3% no ano. A Euronext confirmou que se vai manter a atual composição do PSI-20, algo que era praticamente uma certeza já que não houve empresas admitidas a cotação ou que tenham saído de bolsa.
A Impresa liderou os ganhos, com uma subida de 10,4% (recorde-se que é uma ação muito volátil). Recentemente, o grupo tem beneficiado do otimismo em torno da melhoria do desempenho da SIC, que está a proceder a uma emissão de obrigações dirigida ao público em geral – esteja atento ao nosso site para ler em primeira mão a análise e conselho.
O setor do papel, que tem sido muito penalizado pela incerteza relativa às tensões comerciais, recuperou com os ganhos da Altri (+5,6%) e da Navigator (+1,9%).
Os CTT lideraram as quedas, com uma perda de 5,6%, numa semana em que João Bento fez as primeiras declarações na qualidade de CEO do operador postal. O novo responsável reconheceu as dificuldades na transformação do grupo mas reafirmou a importância de assegurar de forma condigna o serviço público.
Por seu lado, a Galp Energia (-3,6%) continua numa trajetória descendente, em consonância com a queda do preço do petróleo.
Banca ressente-se das taxas em baixa
As ações dos bancos europeus recuaram 0,7% na última semana, devido ao contexto de baixas taxas de juro.
Já os setores cíclicos tiveram um melhor desempenho, com as matérias-primas a ganhar 3,7%. O setor do aço, em particular, avançou 4,6%, e para isso contribuíram os ganhos de 8,1% da ArcelorMittal e de 6,4% da Aperam , graças a comentários favoráveis do banco americano Goldman Sachs. Já as petrolíferas avançaram 0,4%, impulsionadas pela tensão no Médio Oriente.
Os fabricantes de semicondutores recuaram 0,1%, depois de a Broadcom (-3,3%) reduzir as suas previsões de resultados, na sequência das restrições impostas à Huawei pelos Estados Unidos. A Intel (+0,3%) continua a ter o nosso conselho de compra.
