A Royal Dutch anunciou novos objetivos na reunião com os investidores. O mais notável é a vontade de continuar a remunerar os acionistas com uma meta de 125 mil milhões de dólares distribuídos sob a forma de dividendos e a compra de ações próprias no período de 2021-2025. É um aumento face aos 52 mil milhões de 2011-2015 e os 90 mil milhões de 2016-2020, sendo que também reduz a dívida.
A petrolífera elevou igualmente a meta para a liquidez após investimentos (free cash flow) até 2025. De onde vem essa confiança?
A administração conta com uma procura cada vez maior por petróleo e um preço do barril um pouco acima do nível atual. Consideramos que este é o ponto mais frágil dos anúncios do grupo porque está fora do seu controlo.
Outra novidade que chamou a atenção foi o pequeno aumento no programa de investimentos, mas ainda fica abaixo dos seus concorrentes, como a Total (manter) e BP (manter).
O grupo também confirmou os objetivos para 2020, o que reforça a nossa confiança na sua capacidade de alcançar as metas estabelecidas para 2021-2025.
Mantemos as estimativas de lucros por ação em 2,5 euros e 2,6 euros para 2019 e 2020, respetivamente. Previsões prudentes, tendo em conta o recuo da cotação do ouro negro.
Cotação à data da análise: 28,44 euros