Durante o exercício findo em 31 de março, o valor da carteira de investimentos da Gimv disparou 12,7% e atingiu quase 1,1 mil milhões de euros. Essa evolução deve-se, em parte, aos bons resultados dos investimentos, mas também ao facto de que, durante o exercício e pela primeira vez em muito tempo, o grupo belga investiu mais do que desinvestiu: nove novas participações, sendo que continuaram 20 investimentos.
As abundantes disponibilidades de caixa diminuíram em 27,3%, mas ainda são suficientes para manter um generoso dividendo. Antes da distribuição do próximo dividendo, ainda atingem 10,88 euros por ação, isto é, 21% do valor intrínseco da Gimv.
O rendimento da carteira de investimentos (16,2%) superou, pelo 5º ano consecutivo, a meta de 15%. A carteira é "jovem" (mais de 70% dos investimentos são dos últimos três anos) e promissora. Das 55 participações, 3% do valor intrínseco está em empresas cotadas e 76% em private equity.
Durante o exercício iniciado este trimestre, a Gimv já anunciou três operações (duas vendas e uma compra). O lucro anual cresceu 4,7% para 4,41 euros por ação e o dividendo mantém-se, como esperado, em 1,75 euros. O valor intrínseco subiu gradual, mas seguramente para 51,89 euros. Aconselhamos a compra.
Cotação à data da análise: 53,50 euros