O terceiro trimestre de 2018/19 (ano encerra a 31/07) ficou em linha com os anteriores: as vendas e o lucro por ação subiram, respetivamente, 6% e 18% em base comparável. Segundo o grupo, o lucro por ação alcançará um novo recorde neste exercício.
A Cisco está a implementar bem a mudança estratégica iniciada há alguns anos, com foco no software e serviços, cujo crescimento compensa em grande parte a baixa rentabilidade das vendas de equipamentos de rede (routers, switches). Como resultado, a margem operacional continua a subir (32,2% nos primeiros nove meses de 2018/19, contra 31,7% no ano anterior).
Para o futuro próximo, a administração está tranquila face às tensões comerciais entre os EUA e a China (3% das vendas) cujo impacto é atualmente mínimo. Nos últimos meses, a Cisco ajustou a cadeia de produção para ser menos dependente da China e também deve aproveitar o boicote à Huawei para ganhar quota de mercado.
Confiante para os próximos anos, o grupo continua com a compra de ações próprias, a qual deve exceder, em 2018/19, os 17 mil milhões do ano passado (mais de 7% da capitalização bolsista).
Um fator de suporte para o lucro por ação: esperamos 2,83 dólares em 2018/19, 3,00 em 2019/20 e 3,25 em 2020/21.
Cotação à data da análise: 52,63 dólares