No primeiro trimestre, a Bouygues confirmou a recuperação já registada no quarto trimestre de 2018 e após o aviso sobre lucros em outubro relacionado com o setor de construção.
Com base num aumento comparável das vendas de 8%, a perda operacional diminuiu face ao ano anterior. O negócio de telecomunicações e a TF1 (TV) estão a crescer. Quanto à Colas (obras públicas), a perda foi estabilizada, apesar do impacto negativo da Miller McAsphalt, não integrada no primeiro trimestre de 2018. O grupo manteve as previsões de lucros para 2019-2020 e espera gerar mais capacidade financeira (free cash flow).
As finanças continuam sólidas e o grupo parece ter desistido de comprar um dos seus concorrentes nas telecomunicações (a SFR foi abordada há um ano). Evitou assim um grande investimento. Contudo, deve enfrentar a recusa, por parte da Comissão Europeia, da fusão entre a Alstom (da qual detém 28%) e a Siemens, uma operação que permitiria liquidar essa participação a bom preço. Mas a Bouygues não deverá investir de forma imponderada nesta empresa com fracas perspetivas.
Nesta fase, será melhor preservar o generoso dividendo de 1,7 euros por ação. Mantemos as estimativas de lucros por ação em 2,6 e 2,8 euros para 2019 e 2020, respetivamente.
Cotação à data da análise: 31,55 euros