Depois de um primeiro trimestre sem grandes surpresas, a administração da Coca-Cola não alterou os moderados objetivos para 2019, ou seja, um crescimento orgânico do volume de negócios de cerca de 4% e um lucro por ação estável (sem custos de reestruturação).
Pela nossa parte, mantemos as estimativas de lucros por ação de 1,7 e 2 dólares para 2019 e 2020, respetivamente. Com efeito, o crescimento orgânico de 6% registado no primeiro trimestre deve ser relativizado: é certo que mostra a capacidade do grupo em aumentar os preços (+5%), mas em relação ao volume (+1%), na Europa, o grupo tem beneficiado de uma maior acumulação de produtos face ao que é normal graças às preocupações de fornecimento devido ao Brexit.
Mas isso não faz esquecer a forte concorrência contínua da Pepsi na América do Norte e o impacto internacional negativo da desvalorização das divisas nos resultados. No primeiro trimestre, a rentabilidade operacional (excluindo custos de reestruturação) caiu ligeiramente para 30,5%, ainda assim, um nível elevado. Nada dramático, portanto.
Graças à sua atividade e aos meios de que o grupo dispõe para se adaptar à evolução da procura, a ação mantém o seu perfil defensivo que é um trunfo em caso de deterioração da conjuntura.
Cotação à data da análise: 48,26 dólares