Os resultados do primeiro trimestre não foram bem recebidos pelos investidores. Desde logo, à semelhança do Facebook, a Alphabet viu o lucro trimestral afundar devido a uma pesada multa (abuso de posição dominante no mercado europeu).
Depois, os investidores não gostaram do abrandamento da atividade. Foi o crescimento trimestral mais fraco desde o terceiro trimestre de 2015. As receitas publicitárias, que representam o grosso do volume de negócios, só cresceram 15% em relação ao primeiro trimestre de 2018. Ainda assim, não nos parece particularmente inquietante.
Consideramos que, para uma empresa desta dimensão (faturação superior a 136 mil milhões de dólares em 2018), o ritmo de crescimento continua saudável. E se é verdade que o preço médio por clique continuou a baixar no trimestre (-19%), não é menos verdade que esta queda foi largamente compensada pelo aumento do número de cliques (+39%).
Continuamos otimistas para a empresa a longo prazo. Tendo em conta a posição dominante do Google, a Alphabet está bem posicionada para lucrar com o mercado em expansão da publicidade online. Boas perspetivas que nos permitem manter as nossas previsões de lucro por ação em 55 dólares para 2019 e 60 dólares para 2020.
Cotação à data da análise: 1189,55 dólares