Trimestre após trimestre, o Société Générale não consegue melhorar a rentabilidade de maneira sustentável. Tal como os concorrentes, continua a ser prejudicado pelas baixas taxas de juro que minam a rentabilidade da banca de retalho em França (31% das receitas).
O peso das atividades de mercado (38% em 2018, contra 25% do BNP Paribas) expõe mais o SG às dificuldades atuais: poucas fusões ou entradas em bolsa de empresas, forte concorrência dos EUA.
Além disso, o negócio tem custos elevados: 82% das receitas são absorvidas pelos custos (contra 75% no BNP Paribas). A situação é apenas salva pelos resultados da banca de retalho internacional, seguros e leasing (geram 34% das receitas).
Para melhorar a rentabilidade, o SG reduziu os custos da banca de investimento e vendeu atividades menos promissoras (Polónia, Bulgária). Essas medidas são necessárias, mas vão mudar a situação? É pouco provável se a conjuntura continuar deprimida.
O nome do Société Générale circula quando há menção a possíveis fusões entre bancos. Por enquanto, essas operações estão a ser travadas pelas restrições legislativas que visam impedir que os bancos se tornem demasiado grandes e cujo colapso arrastaria a economia (too big to fail).
Cotação à data da análise: 28 euros