A REN, que gere a rede de transporte e armazenamento de gás e eletricidade em Portugal, teve lucros de 0,17 euros por ação em 2018, uma descida de 8% relativamente ao ano anterior e um pouco abaixo das nossas expectativas.
Na base desta queda está sobretudo o aumento de 6% das amortizações, devido à aquisição da Portgás, no final de 2017, e um aumento de 7% da estimativa para impostos.
Ao nível operacional, a menor remuneração dos ativos, originada pelos novos parâmetros regulatórios no segmento da eletricidade e pela queda das taxas de rentabilidade das Obrigações do Tesouro, às quais está indexada, foi compensada pela consolidação da Portgás e pela contribuição positiva da venda do negócio de GPL, pelo que o EBITDA subiu 1%.
Ao nível financeiro, os resultados melhoraram 6% devido à redução de 3,7% da dívida líquida e do seu custo médio (de 2,5% para 2,2%).
Apesar das alterações regulatórias terem afetado um pouco os resultados e das perspetivas de crescimento do grupo não serem exuberantes, a REN é uma empresa sólida e que oferece um rendimento do dividendo atrativo e estável.
Além disso, a relativa estabilidade da cotação é um sinal do baixo risco do título. Reduzimos um pouco as estimativas de lucros por ação, de 0,19 para 0,18 euros, em 2019 e 2019.
Cotação à data da análise: 2,55 euros