O quarto trimestre terminou no verde, mas 2018 saldou-se por uma perda de 0,24 euros por ação. Sem a venda de dois barcos, a perda teria atingido o triplo. Incluindo participações em joint ventures, o lucro operacional antes de amortizações e depreciações caiu para metade (67,4 milhões de dólares), penalizado pelas baixas tarifas de transporte de GPL (menor procura, inverno ameno). 2019 será melhor.
Uma grande parte da frota está coberta por contratos de longo prazo e as tarifas estão a subir. Mas, nos próximos anos, será determinante o arrendamento de dois ativos importantes cujo financiamento tem afetado os resultados.
A plataforma de liquefação de gás Tango FLNG está na Argentina desde fevereiro. A sua contribuição para o EBITDA (estimada em 43 milhões por ano) deve começar nas próximas semanas. O outro é a embarcação de regaseificação FSRU que está arrendada à Gunvor desde outubro para um projeto no Bangladesh, mas ainda se encontra no estaleiro.
Como a Gunvor pode quebrar o contrato, a imobilidade preocupa. A Exmar pode cumprir as obrigações financeiras, mas em julho tem de refinanciar 121 milhões. Se a Gunvor abandonar o contrato, a dívida líquida (347 milhões) poderá ultrapassar os limites estabelecidos pelos bancos credores.
Cotação à data da análise: 5,65 euros