A Impresa tem estado em destaque em 2019, com a sua cotação a ganhar 81%. Na base da recuperação, depois da forte queda registada em 2018 (-60,1%), está a melhoria das audiências da SIC que, em fevereiro, voltou a ser líder, o que já não acontecia há 12 anos. Além disso, e como se previa, a Impresa anunciou ter regressado aos lucros em 2018 (+0,02 euros por ação, contra -0,13 euros em 2017 devido a imparidades nesse ano).
A nível operacional, realce para a queda de 4,4% dos custos operativos, o que permitiu uma subida de 21% do EBITDA, apesar da queda de 2,2% das receitas, originada pela quebra na subscrição de canais (-6,2%). Ao invés, as receitas publicitárias (65% do total) cresceram 0,3%. Ao nível financeiro, o resultado melhorou 18% mas a dívida subiu 0,4% devido à expansão do edifício Impresa e ao investimento em tecnologia.
A melhoria dos resultados e das audiências estimulou a cotação mas as dificuldades de crescimento mantêm-se, apesar da aposta no audiovisual e digital. A alteração do comportamento dos consumidores no consumo de conteúdos de media e a maior concorrência de empresas como o Netflix ou a Amazon retira receitas ao setor de media tradicional e vai obrigá-lo a reinventar-se.
Mantemos as estimativas de lucros por ação de 0,04 euros em 2019 e 2020.
Cotação à data da análise: 0,25 euros