A Ferrovial irá libertar-se, finalmente, de toda a sua divisão de serviços, que inclui marcas como a Cespa, Ferroser, Broadspectrum e a britânica Amey. A deterioração do valor dessa participação provocou um novo ajuste contabilístico (sem saída de liquidez) de 1,05 euros por ação, o que fez com que a empresa fechasse 2018 com uma perda de 0,6 euros por ação.
Com o capital obtido com esta venda, o grupo irá reforçar o seu compromisso com o negócio das infraestruturas (aeroportos) e dos transportes (auto-estradas). As empresas dentro destes setores apresentam maiores margens e rentabilidade para o grupo que as atividades de serviços ou de construção, que ainda mantém, mas cujas margens continuam a deteriorar-se.
A venda da divisão de serviços também significará uma forte perda no volume de negócios já que mais de metade das receitas tinham proveniência nessa área de negócios, mas não tanto em termos de resultados. Com esta operação, o grupo reduz a sua exposição ao Reino Unido, algo positivo, dada a instabilidade causada pelo Brexit e os problemas arrastados em Amey, e vai impulsionar o peso dos EUA. tanto em investimentos como em receitas pois várias autoestradas começarão a fornecer dividendos ao grupo. Mantenha.
Cotação à data de análise: 20,62 euros