Apesar do bom quarto trimestre (lucro operacional de 0,32 dólares por ação), o mais elevado desde há inúmeros trimestres, a ação é arriscada. Paralelamente ao aumento dos preços de venda, o grupo está a colher os benefícios da estratégia de aumentar a produção de hidrocarbonetos: 403 mil barris/dia, ou seja, +20% do que no ano anterior.
Outro bom elemento, o fluxo de caixa (permite financiar os investimentos e o dividendo) disparou 40%! O grupo aumentará o dividendo em 25% para 2019 e comprará ações próprias. Apesar de estar a recuar, a dívida continua elevada em relação à média do setor.
Esta fraqueza no balanço do grupo petrolífero justifica um indicador de risco 4, acima dos concorrentes. Uma queda no preço do barril reduziria os lucros e, portanto, a sua capacidade de continuar a encolher o endividamento.
Em 2019-2020, a Encana continuará a executar a estratégia de aumentar a produção nos Estados Unidos. Além de desenvolver as suas três áreas prioritárias (80% das reservas e 75% de seus investimentos), vai integrar a empresa Newfield, adquirida no final de 2018. Se já fizesse parte do grupo, no ano passado, teria permitido uma produção de 550 mil barris por dia. Reduções de custos, a serem realizadas com esta aquisição, também estão planeadas, até porque a Encana pagou caro a integração.
Cotação à data da análise: 7,24 dólares