Os resultados de 2018 foram um pouco melhores do que o esperado graças aos novos medicamentos que permiti-ram compensar a perda de patentes de várias moléculas importantes, como o Viagra (disfunção erétil) ou o Pristiq (antidepressivo).
As vendas aumentaram 2% no ano passado, apesar das perdas de patentes e da forte pressão sobre os preços (concorrência dos genéricos, pressão das autoridades). Os lucros atingiram 3,05 dólares por ação, ligeiramente acima das nossas expectativas.
Este ano deve ser um pouco menos emocionante, considerando a perda de novas patentes, incluindo o Lyrica (distúrbios neurológicos) nos EUA. Estima-se um impacto de 2,6 mil milhões de dólares (4,8% das vendas de 2018). Para 2019, o grupo prevê uma estagnação dos resultados em termos de vendas e lucros por ação.
No entanto, as perspetivas de desenvolvimento da Pfizer são mais favoráveis. Por um lado, não terá mais que lidar com expirações significativas de patentes antes do período de 2026/2027. Por outro, a Pfizer pode contar com um bom pipeline de medicamentos em desenvolvimento para revitalizar os negócios. Em 2022, entre 25 a 30 novos medicamentos poderão ser comercializados, metade com estatuto de blockbuster (vendas anuais superiores 1000 milhões). Deixamos de recomendar a venda: pode manter.
Cotação à data de análise: 42,33 dólares