Apesar das diversas paragens de produção programadas (expansão de Cacia) e não programadas (furacão Leslie), 2018 foi um ano de recordes a nível das receitas, EBITDA e lucros. As receitas progrediram 3,3%, com o aumento dos preços da pasta e de papel a compensar as menores quantidades vendidas. Em consequência, a margem EBITDA ficou também num máximo de 26,9% (+2 pontos percentuais que em 2017).
O desempenho operacional foi até um pouco superior ao que esperávamos, mas o lucro por ação acabou por ficar ligeiramente abaixo do esperado devido a diversos efeitos não-recorrentes, nomeadamente provisões constituídas relativas ao projeto de Moçambique (que foi novamente reformulado) e menores ganhos com cobertura financeira.
Em 2019, esperamos um aumento considerável das vendas em volume (maior capacidade de produção, menos paragens), mas com as margens a ressentir-se do aumento dos custos de produção e de um mix de vendas menos favorável (mais tissue e marcas mais baratas).
Prevemos um lucro por ação de 0,37 euros em 2019 (praticamente inalterado) e para 2020 estimamos um ligeiro aumento para 0,39 euros. Referência ainda para a saída do CEO Diogo da Silveira, que anunciou não se ir recandidatar.
Cotação à data da análise: 4,17 euros