Nos primeiros nove meses de 2018, a Impresa obteve lucros de 0,01 euros por ação. Apesar de ser uma melhoria significativa face ao ano anterior, os resultados ficaram abaixo do que prevíamos.
A nível operacional, as receitas caíram 0,7% até setembro (em base comparável), com o segmento televisivo (-2,9%; 83% do total), a ter um fraco desempenho. O share médio da SIC baixou de 17,4% para 16,7%, apesar de manter a liderança no horário nobre.
Mas, graças à queda dos custos, sobretudo de programação e com o pessoal, o EBITDA subiu 52,4%. Já o resultado financeiro melhorou 14,2% devido à redução dos juros, maiores ganhos cambiais e resultados de empresas associadas.
Este ano, a cotação já recuperou 18,6%, graças às boas audiências do novo Programa da Cristina Ferreira. Porém, a Impresa, e tal como o restante setor de media, apesar da aposta no audiovisual e digital, mantém dificuldades de crescimento devido a alterações comportamentais no consumo de conteúdos de media e à maior concorrência de empresas como a Netflix ou a Amazon.
Por outro lado, o fracasso da compra da Media Capital pela Altice retirou potencial especulativo ao título, pelo menos a curto prazo. Baixámos a previsão de lucros por ação de 0,03 para 0,02 euros em 2018. Para 2019 e 2020, prevemos 0,04 euros.
Cotação à data da análise: 0,16 euros