Depois de ter comprado, em março, a participação da Novartis no seu negócio conjunto de medicamentos de venda livre, a GSK irá agora fundir essa divisão (25% da sua atividade) com a da americana Pfizer.
Esta fusão faz sentido, já que criará um líder global (perto de 10 mil milhões de libras em volume de negócios anual) mais capaz de lidar com as pressões competitivas, num mercado que viu os preços caírem (concorrência do e-commerce).
Tanto as sinergias esperadas de custos e comerciais (a Pfizer está mais presente nos EUA e a GSK na Europa) devem permitir elevar a margem operacional do novo grupo para 25 a 30%, até 2022, contra os atuais 18%.
O objetivo final, até 2022, é vender esta joint-venture, considerada não estratégica, através de colocação na bolsa londrina. Pelas nossas estimativas, poderá valer cerca de 35 mil milhões de libras esterlinas, o que dará 24 mil milhões de libras à GSK, que deterá 68%.
Uma boa quantia que ambos os grupos pretendem usar na centragem das suas principais atividades de medicamentos prescritos. Mas não há garantias de o dinheiro ser bem empregue e a recente aquisição da TESARO, muito cara, não ajuda. A GSK confirmou que irá manter o seu dividendo de 80 pence para 2018 e 2019.