Após a forte queda da cotação em 2018 (-57% em dólares) e de quase ter cancelado o dividendo trimestral (0,01 dólares), os investidores parecem estar mais otimistas no início de 2019.
Relembramos que o grupo continua a enfrentar um duplo desafio. Por um lado, reduzir o elevado endividamento herdada de investimentos arriscados (Alstom em 2015, Baker Hughes em 2017, compra de ações próprias a preços altos) e, por outro, concentrar-se nas atividades industriais, onde terá de aumentar a rentabilidade. Mas, foi isto que sustentou a recente subida da cotação, com a nova administração a mostrar-se dinâmica na venda de ativos para baixar a dívida.
As vendas na Baker Hughes GE (serviços petrolíferos) e na atividade médica, além de um IPO, devem ocorrer nos próximos meses, e fala-se também na venda do negócio de leasing de aeronaves.
Porém, nada de euforias, pois mantêm-se várias incógnitas. Quanto renderão essas alienações? Até que ponto a dívida será reduzida? O grupo conseguirá melhorar a rentabilidade da divisão de infraestruturas energéticas (turbinas e energia renovável)?
Além disso, nem tudo depende da GE: os contextos económico e bolsista têm a sua importância. Por agora, estamos moderadamente otimistas mas faltam dados tangíveis que confirmem a recuperação.
Cotação à data da análise: 8,94 dólares