2018 foi um ano de mudança para gestores de ativos como a BlackRock. Nos últimos 12 meses, o valor dos ativos sob gestão caiu 5% com a queda das bolsas. Em 2017, havia registado um aumento de 22%. No quarto trimestre, o volume de negócios diminuiu 9% devido à diminuição de 4% nas comissões de gestão cobradas pela BlackRock. Os custos foram reduzidos, mas não foi suficiente para compensar a pressão sobre as receitas.
Pela positiva, após dois trimestres difíceis em termos de subscrições (entrada de dinheiro fresco), o quarto trimestre de 2018 acabou por ser muito melhor, embora sem atingir as taxas de crescimento de 2017.
Para responder à situação, a BlackRock eliminará 500 postos (em 14 900), enquanto continua a investir em mercados considerados mais dinâmicos. A reestruturação é limitada porque o grupo considera que é necessário continuar o investimento para alimentar o crescimento.
Resta saber se não serão necessários novos cortes caso os mercados permaneçam voláteis. Mais certo, no entanto, é a pressão contínua sobre as comissões de gestão cobradas pelos gestores devido à concorrência. Reduzimos as estimativas de lucros por ação para 26,4 dólares (antes 27,9) e 27 dólares (antes 30), para 2019 e 2020, respetivamente. Pode manter.
Cotação à data da análise: 412,52 dólares