Como deixavam antever os avisos sobre resultados lançados recentemente por vários fornecedores, a Apple comunicou que não vai atingir o objetivo de vendas que estabeleceu para si própria há dois meses. A revisão surpreendeu pela sua magnitude, esperando agora um declínio de 5% do volume de negócios, contra a anterior meta de crescimento de 3% para o 1º trimestre de 2018/19, que fechou no final de dezembro.
Em causa, estiveram as vendas do iPhone (63% das vendas e produto “estrela” do grupo) que ficaram abaixo do esperado, principalmente na China (20% do volume de negócios total) num clima de abrandamento económico mais pronunciado do que o esperado e tensões com os Estados Unidos.
No entanto, não há razões para pânico. Por um lado, esse declínio na procura é essencialmente de natureza conjuntural e não é exclusivo do iPhone, uma vez que afeta todo o mercado de smart-phones. Por outro, as suas marcas que não o iPhone têm evoluído melhor do que o esperado com um aumento de 19% do seu volume de negócios registado no 1º trimestre, incluindo um salto de 27% nos serviços (14% do volume de negócios) graças a uma base de clientes cada vez maior e lucrativa.
Tendo em conta as metas indicadas pela administração, reduzimos as nossas estimativas de lucro por ação para 12,5 dólares para 2018/19 e 13,8 para 2019/20.