Alphabet
A casa mãe da Google, está na mira dos reguladores. A sua prática, em que obrigava os fabricantes de smartphones a pré-instalar aplicativos do Google, resultaram, na Europa, numa multa de 4,3 mil milhões de euros. No ano passado, a Europa já havia condenado a empresa a pagar 2,4 mil milhões de euros por questões relacionadas com o seu próprio comparador de preços, o Google Shopping, pois relegava os concorrentes para posições menos relevantes no resultado da pesquisa. Mas, embora os problemas legais possam permanecer na sombra, eles não ameaçam a solidez do grupo. Além de um fluxo de caixa confortável (mais de 100 mil milhões de dólares), a Alphabet continua a dominar o mercado de publicidade online. A cotação do título é cerca de 21 vezes o lucro por ação esperado (não muito excessivo, dada a elevada rentabilidade). No curto prazo, a ação ainda pode sofrer com a volatilidade dos mercados. Mas a longo prazo: mantenha.
Atenor
O promotor imobiliário belga está a dar os seus primeiros passos no mercado residencial romeno, em Bucareste. A empresa efetuou a compra de um terreno de 7150 m² muito bem localizado no coração do distrito de Floreasca/Vacarescu. O projeto prevê a construção de 250 apartamentos. A procura por qualidade residencial é sustentável e a Atenor consegue capitalizar o seu conhecimento do mercado local, onde também tem 3 projetos de escritórios. Compre.
Bpost
Uma vez mais entre os piores desempenhos da semana, as ações do operador postal belga continuam a sofrer com a perspetiva de redução do seu dividendo. Alguns analistas estimam uma redução de 50% em relação a 2019. Não somos tão pessimistas. Mas mesmo a esse nível, o rendimento do dividendo ainda alcançaria 6,1%. Mantenha.
Chevron
A petrolífera aumentou o seu orçamento para exploração para 2019 da faixa de 18 a 20 mil milhões de dólares para os 20 mil milhões de dólares. Um aumento sustentado pelo bom nível de liquidez atualmente gerado pelo grupo e pelas oportunidades que surgem. Cerca de 17 mil milhões de dólares serão investidos em exploração e produção, de petróleo de xisto nos Estados Unidos. Ainda assim, este aumento demonstra alguma cautela, motivada pelo atual declínio do preço do petróleo. Aliás esta tendência levou-nos a reduzir ligeiramente as nossas estimativas de lucro para 2018 e 2019. No entanto, a ação continua atrativa. Pode comprar.
Engie
A Engie, que detém 32% da francesa Suez, anunciou que não mudará a sua participação na subsidiária. Essa decisão parece ter tranquilizado os mercados, pois a possibilidade de um aumento da posição teria mobilizado muito dinheiro face às potenciais sinergias, consideradas limitadas. Compre.
ENI
Foi uma semana em cheio para a ENI. A petrolífera, após autorização do governo egípcio, vendeu 20% à BP e 25% à Mubadala Petroleum, da sua participação na concessão Nour, passando de 85 para 40%. Os restantes 15% pertencem à Tharwa Petroleum. Esta venda é uma boa notícia. Por um lado, faz parte de um acordo internacional mais amplo com a BP e, por outro lado, fortalece a colaboração com a Mubadala, no Egito. Além disso, permite à ENI diversificar ainda mais suas fontes de produção, reduzindo o seu risco global. Outra boa notícia é a descoberta de novos depósitos de petróleo ao largo da costa angolana, o que confirma o potencial desta região. Finalmente, o trabalho de construção num parque eólico no Cazaquistão começou confirmando o compromisso da ENI com as energias renováveis. Em termos de resultados, os números melhoraram (nos primeiros nove meses do ano, o lucro por ação atingiu os 0,94 euros). Apesar dessas boas notícias, o mercado continua preocupado com as flutuações no preço do ouro negro e o impacto nos resultados futuros. Pela mesma razão, continuamos prudentes. Mantenha.