No terceiro trimestre, os lucros da Repsol aumentaram 18,6% em relação ao ano passado, uma progressão inferior à dos seus principais concorrentes. De facto, a Repsol é muito ativa downstream (refinação) onde as margens estão novamente sob pressão. Ao invés, os lucros no upstream (exploração e produção) estiveram em bom plano graças ao aumento dos preços de venda de hidrocarbonetos.
Estes resultados mostram, mais uma vez, a abordagem cautelosa da Repsol ao investimento, em consonância com a maioria dos seus principais concorrentes europeus. Ainda assim, a petrolífera prevê investir 4 mil milhões de euros em 2018.
O bom nível de lucros também permitiu ao grupo reduzir a dívida e solidificar o seu balanço, o que dá margem de manobra para os investimentos planeados na área das energias “limpas”. Além dos resultados, a administração anunciou a venda de ativos na Roménia e em Angola para se centrar nas atividades mais rentáveis.
Mantemos as estimativas de lucros por ação de 1,8 euros em 2018 e de 1,9 euros em 2019. Esperamos um aumento limitado dos lucros assumindo que o preço do petróleo permanece um pouco abaixo de 80/90 dólares e um incremento da produção, previsto pela Repsol, de 8% até 2020. A ação continua barata.
Cotação à data de análise: 15,67 euros