A REN acumulou lucros de 0,14 euros por ação até setembro, mais 2,3% face a igual período de 2017 e ligeiramente acima do que prevíamos. Em causa, está a consolidação da Portgás, desde outubro de 2017, mas também o bom controlo dos custos e a venda do negócio de GPL.
Estes fatores compensaram a descida das taxas de remuneração dos ativos, originada pela menor rentabilidade das obrigações do tesouro (à qual estão indexadas) e por parâmetros de regulação menos favoráveis no segmento elétrico.
O EBTIDA subiu 3,8% mas com o aumento das amortizações originado pela integração da Portgás, o lucro operacional subiu apenas 0,3%. A nível financeiro, o resultado também melhorou ligeiramente (+2,3%), graças à redução da dívida líquida e sobretudo do seu custo médio, de 2,6 para 2,3%.
Numa altura em que os mercados estão voláteis, o caráter defensivo do título é uma vantagem, apesar das suas perspetivas de crescimento serem mais fracas.
A REN tem uma boa estabilidade dos resultados, dado o caráter regulado da sua atividade, aposta na melhoria da eficiência e é prudente no seu plano de expansão externa para não comprometer o equilíbrio financeiro. O bom rendimento do dividendo (5,1% líquido) é outro atrativo da ação. Subimos a previsão de lucros por ação de 0,18 para 0,19 euros em 2018 mas mantemos a de 2019 nos 0,19 euros.
Cotação à data da análise: 2,41 euros