O mercado penalizou, uma vez mais, o título tendo em conta os resultados publicados. Apesar das vendas terem saído em linha com as nossas estimativas, o resultado líquido por ação dececionou. Tal como nós, o mercado esperava mais. O resultado líquido no trimestre foi de 0,18 cêntimos por ação, mais 0,1% que no mesmo período do ano passado.
Quanto às vendas no trimestre, em termos comparativos like for like aumentaram 2,1%, comparando com o total consolidado de +4,8%. O efeito negativo, para além da concorrência de preços, inflação baixa em Portugal e deflação de 1% no cabaz da Polónia, advém dos custos operacionais terem aumentado 8,6% no trimestre face ao período homólogo. A consequência foi uma deterioração (-0,1%) da margem EBITDA.
Por outro lado, houve o aumento dos custos financeiros líquidos. As contas mostram alguns sinais positivos na Polónia e na Colômbia, tal como antecipávamos, e a continuação de uma estratégia de forte crescimento de lojas nestes 2 mercados. O título sofreu uma correção significativa após o anúncio de resultados e perdeu 5,5% na semana.
Face aos resultados divulgados, reduzimos ligeiramente as nossas estimativas de lucro por ação de 0,67 para 0,63 euros, em 2018, e de 0,71 para 0,69 euros por ação, em 2019.
Cotação à data de análise: 10,83 euros