A gigante IBM faz a maior operação da sua história ao pagar 34 mil milhões de dólares pelo editor de software Red Hat (30% da capitalização bolsista da própria IBM e um prémio de 62% sobre o valor em bolsa da Red Hat).
Conhecida pelo sistema operativo Linux, a Red Hat é o número dois mundial em software para servidores e está bem posicionada na cloud, áreas com forte potencial de crescimento.
Esta aquisição permitirá concorrer na cloud com a Amazon, Microsoft e Google e reanimar o crescimento que hibernou há vários anos. Mas a partida ainda não está ganha. A IBM pagou caro por uma aposta cujos impactos positivos nos resultados só deverão chegar após alguns anos.
O atual volume de negócios da Red Hat representa apenas 4% do total da IBM. Para financiar esta compra, será finalizada no segundo semestre de 2019.
A IBM planeia suspender a compra de ações próprias em 2020 e 2021, mas o dividendo, o grande atrativo do título, deverá continuar a crescer. Tendo em conta o aumento da dívida e o risco de integração subimos o nível de risco de 2 para 3.
Com uma cotação menos de 10 vezes o lucro esperado por ação este ano, a ação está barata e mantemos o conselho de compra. Esperamos lucros por ação de 11,7 dólares em 2018 e 12,4 em 2019.
Cotação à data da análise: 115,67 dólares