A rede social não consegue tranquilizar os investidores. Apesar da publicação de bons lucros trimestrais, os repetidos escândalos continuam a pesar sobre a cotação. No episódio mais recente, o Facebook teria contratado uma empresa de consultoria para orquestrar campanhas de difamação direcionadas aos seus detratores (incluindo o milionário Georges Soros e a Apple).
Esta nova controvérsia traz um argumento adicional para os que exigem uma reorganização da equipa de Administração. Mas por enquanto, o fundador, que detém 60% dos direitos de voto do Facebook, não pretende deixar as rédeas. De qualquer forma, consideramos que, do ponto de vista financeiro, é muito provável que a situação atual provoque um aumento dos custos (mais investimentos na confidencialidade, segurança, etc.).
O problema é que esse aumento não se irá refletir numa subida das receitas. De facto, o grupo tem cada vez mais dificuldade em atrair novos utilizadores. Na Europa, o seu número está mesmo a diminuir. Este contexto leva os principais clientes do Facebook a mostrarem-se relutantes em alargar os orçamentos de publicidade. Se o Facebook está a trabalhar em novas maneiras de monetizar o seu "público" (utilizadores), não há garantias que irá encontrar um segundo fôlego.
Cotação à data de análise: 136,76 dólares